Hábitos financeiros ruins: 8 costumes que você deve evitar a partir de agora

Homem com placa na mão com desenho de cifrão formando um rosto

Como são seus hábitos financeiros? Para ter um orçamento equilibrado, você precisa identificá-los para saber se eles são bons ou ruins. Afinal, isso pode levar a uma situação de falência ou de construção de patrimônio.

Ou seja, os hábitos que você adota no dia a dia têm um impacto relevante na sua saúde financeira. Esse termo está relacionado ao seu conhecimento sobre dinheiro e tem tudo a ver com a forma como você consome.

Ou seja, se você paga suas despesas essenciais e não essenciais, e ainda se prepara para lidar com gastos imprevistos, tem uma saúde financeira boa. Caso contrário, tende a se endividar e até a ficar inadimplente.

Por isso, é fundamental prestar atenção aos seus hábitos financeiros ruins e mudá-los. Quais são eles? Confira, a seguir.

1. Não ter uma reserva de emergência

Todo mundo precisa ter uma reserva de emergência. Esse é um dos principais hábitos financeiros, sendo um dinheiro voltado para cobrir despesas imprevistas. Por exemplo, um tratamento médico inesperado, uma viagem de última hora, uma situação de desemprego.

Portanto, você não deve usar essa quantia por um motivo qualquer. É necessário deixá-la guardada o máximo possível.

Por isso, é pouco indicado usar esse dinheiro para consertar a máquina de lavar roupa, por exemplo. Esses casos devem ser resolvidos com o seu orçamento diário ou ter um valor reservado especificamente para essa finalidade.

Voltando para a reserva de emergência, guarde o equivalente a 6 meses de salário, pelo menos. Assim, se você recebe R$ 2 mil, forme o seu fundo com R$ 12 mil.

Além disso, deixe esse valor em um investimento que possa ser sacado rapidamente. Mantê-lo na conta não é bom negócio, porque não renderá nada. Ou seja, vai demorar mais para acumular a quantia total.

Então, onde colocar esse montante? A melhor opção é o Tesouro Selic. Você poderá resgatar o valor a qualquer momento, receberá na sua conta em 1 dia útil e sempre vai ganhar o retorno proporcional ao tempo aplicado.

2. Pensar apenas no agora

Quando você foca somente o seu dia a dia, acaba tendo pouca disciplina. Por isso, tenha uma visão de médio e longo prazo.

Para facilitar, liste tudo o que você deseja conquistar nos próximos anos, mesmo que pareça algo difícil no momento. Por exemplo, casa, carro, patrimônio de R$ X ou aposentadoria.

A partir disso, tenha esses objetivos sempre em mente. Uma boa forma de ajudar nesse propósito é controlar os gastos por meio da regra 50-30-20. Ela define que:

  • 50% da sua renda deve ser voltada para os gastos essenciais, como água, energia, moradia, alimentação e transporte;
  • 30% são usados para despesas variáveis e supérfluas, que mantêm seu estilo de vida. Por exemplo, academia, assinatura de streaming, passeios, compras e mais;
  • 20% são para investimentos e/ou pagamento de dívidas. Uma dica é quitar os débitos em aberto ao mesmo tempo que forma sua reserva de emergência. Assim, você deixa um hábito financeiro ruim e tem mais segurança na sua vida.

3. Não saber dizer “não”

Muita gente tem esse mau hábito na vida, mas ele leva à falência quando acontece no âmbito financeiro. É preciso estabelecer limites para os gastos próprios e de dependentes, como os filhos.

Novamente, você pode usar a regra 50-30-20. Ou definir percentuais próprios para cada categoria. De toda forma, é essencial cumprir aquilo para o qual se determinou.

Assim, você saberá dizer “não” para um passeio, quando não tem o dinheiro para ele. Isso evitará o endividamento e a inadimplência, que estão em níveis elevados no Brasil.

Para ter uma ideia, 77,9% das famílias brasileiras estavam com alguma dívida no final de 2022. Desse total, 17,6% disseram estar superendividados. Isso significa que os débitos em aberto comprometem boa parte de sua renda.

Além disso, 28,9% da população está inadimplente. Ou seja, tem uma dívida atrasada e pode estar com seu nome na lista dos órgãos de proteção ao crédito.

Esses números ficam mais claros pelo exemplo a seguir. A cada 10 pessoas:

  • 7 estão endividadas;
  • 1 usa cerca de metade do seu salário para pagar suas dívidas;
  • 2 estão com contas atrasadas.

Ao saber dizer “não”, você consegue se controlar mais. Isso evita que você entre para essas estatísticas.

4. Abusar do cartão de crédito

O cartão de crédito pode ser um grande aliado no dia a dia, mas também tende a ser um hábito financeiro ruim. Usá-lo para gastos rotineiros e fazer muitos parcelamentos leva a uma bola de neve — e fica muito fácil perder o controle.

Ainda segundo a pesquisa de endividamento citada antes, 86,6% dos débitos em aberto são relativos ao cartão de crédito. Portanto, esse pode ser um vilão das finanças.

Então, o que fazer? Você não precisa cortar o cartão e nunca mais usá-lo. Basta consumir com inteligência. Reserve-o para gastos maiores e compras nas quais você não terá desconto no pagamento à vista, mas poderá parcelar sem juros.

Assim, você mantém a fatura baixa, desde que mantenha o controle e evite o abuso. Caso queira acumular pontos ou milhas, pode concentrar todos os seus gastos no cartão. Porém, precisa de um monitoramento ainda maior para evitar o endividamento.

Além disso, deixe para fazer isso somente se já tiver uma reserva de emergência consolidada. Assim, se algo fugir do controle, torna-se mais fácil contornar o problema.

5. Gastar mais do que recebe

Pode parecer uma dica óbvia, mas muita gente tem esse hábito financeiro ruim e gasta mais do que ganha. Não é proposital. Na verdade, essa situação é gerada por dois motivos principais:

  • renda baixa;
  • descontrole nos gastos.

Muitas vezes, esses dois fatores estão aliados. No entanto, é impossível ignorar o aumento da inflação e seu impacto nos preços, que trouxe menor poder de compra aos consumidores.

Essa situação fica visível em uma pesquisa feita em 2022. Conforme o levantamento, 70% dos brasileiros têm finanças apertadas. Com isso, gastam tudo ou mais do que ganham. Do total de dívidas em atraso, 20% são referentes a serviços básicos, como água, luz e gás.

De toda forma, é preciso fazer um bom controle de gastos para evitar essa situação. Para isso, use uma planilha ou aplicativo financeiro e anote todos os valores, sempre respeitando os limites. Além disso, tenha muita disciplina financeira. Assim, conseguirá ficar no azul.

6. Acumular ou não pagar contas

Sempre pague todas as suas contas em dia. Essa é a única forma de evitar o pagamento de juros e multa. Por isso, monitore todas as datas de vencimento ou utilize estratégias para não esquecê-las. Por exemplo:

  • autorize o pagamento no débito automático;
  • coloque lembretes na agenda do celular;
  • tenha um dia específico para pagar todas as contas de uma só vez.

No caso de empréstimos e financiamentos, você pode pagar as parcelas antecipadamente e pedir o abatimento de juros. Muitas empresas já oferecem essa possibilidade de emitir um novo boleto com desconto diretamente pelo aplicativo.

Mesmo que o valor pago a menos pareça pouco, é um bom hábito financeiro. Isso incentiva a continuar quitando a dívida antes do prazo e permite que, no total, ela diminua com mais rapidez.

7. Não ter um planejamento financeiro

Não ter um planejamento financeiro dificulta a capacidade de pensar a longo prazo. Por isso, trate os seus sonhos como objetivos com prazo:

  • curto: é possível alcançar em até 1 ano;
  • médio: demora entre 1 e 5 anos;
  • longo: leva mais de 5 anos.

Para ficar mais evidente, liste tudo o que deseja conquistar e um prazo realista para cada um deles. A partir disso, você conseguirá visualizar as suas finanças de maneira mais clara.

8. Não contar com opções de renda extra

A última dica de hábito financeiro ruim é não ter uma renda extra. Ganhar um valor a mais ajuda a montar sua reserva de emergência, pagar aquela despesa extra que surgiu no mês e conquistar seus objetivos.

Então, que tal colocar a mão na massa? Você pode fazer algo que já sabe, como:

  • vender roupas;
  • alugar um espaço em casa;
  • passear com pets.

Veja qual é sua rotina e suas preferências, e o que se encaixa melhor na sua realidade.

Ainda lembre das pesquisas remuneradas. Elas são uma forma fácil e sem burocracia de conseguir uma renda extra. Especialmente, porque algumas empresas pagam em dinheiro. Assim, você não precisa fazer a troca de pontos por produtos.

Ou seja, você faz seu cadastro e o mantém atualizado, e vai recebendo pesquisas para responder. Basta dizer sua opinião, levando poucos minutos do seu dia. No final do mês, pode fazer o resgate dos valores com tranquilidade, conforme as regras da plataforma.

É ou não é uma das maneiras mais fáceis de ter uma renda extra? Você não precisa deixar sua rotina atual de lado nem ter conhecimentos específicos. Afinal, contará a sua experiência para as marcas, mostrando o que elas podem melhorar.

Então, gostou de ver quais são os hábitos financeiros ruins? Use essa lista de costumes para identificar aqueles que realiza no seu dia a dia e comece a mudar sua realidade. Gradualmente, você verá seu orçamento se equilibrar.

Quer saber mais sobre como melhorar as suas finanças? Veja como negociar dívidas e descubra como sair do vermelho.

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