Você já ouviu falar em reserva de emergência? Se esse termo ainda está longe de ser do seu conhecimento, saiba que é preciso mudar essa realidade. Afinal, esse é o primeiro passo para quem deseja viver com mais tranquilidade e segurança no orçamento familiar.
Por quê? Basicamente, porque esse recurso permite que você tenha dinheiro extra no caso de algum imprevisto. Assim, é importante que todos tenham essa quantia disponível para as situações que são necessárias. Apesar disso, somente 48% dos brasileiros têm R$ 200 reservados para emergências. O dado considera pessoas acima de 16 anos. Isso demonstra a falta de educação financeira no país.
Então, como mudar esse cenário, pelo menos para você? Neste post, explicaremos melhor o que significa esse conceito e como estruturar a sua reserva. Continue lendo e saiba mais!
O que é reserva de emergência?
A reserva de emergência é um valor destinado para cobrir despesas imprevistas. Ele deve ser utilizado somente quando estritamente necessário e precisa ser calculado e investido da maneira correta. Normalmente, equivale a cerca de 6 vezes o salário. Dessa forma, ele fica disponível quando você precisar e ainda mantém o seu poder de compra.
O objetivo de ter essa quantia destinada para emergências é evitar o endividamento. Assim, você paga suas contas e mantém seu estilo de vida com a remuneração mensal. Nos casos de imprevistos, você utiliza esse recurso financeiro.
Por isso, ele também é chamado de colchão de segurança. Afinal, você tem essa proteção extra para situações inesperadas. Agora, você pode estar se perguntando: quais seriam elas? Alguns exemplos são:
- desemprego;
- tratamento de saúde;
- viagem repentina.
Perceba que as emergências nunca se referem a gastos rotineiros. Por isso, não se deve mexer na reserva para quitar uma conta, por exemplo. Esse procedimento deve ser feito com a sua remuneração mensal.
Por que ter uma reserva de emergência?
Ter uma reserva de emergência é essencial para garantir a sua tranquilidade financeira. Por isso, todas as pessoas devem formá-la quanto antes. Isso assegura várias vantagens, como:
Suporte em momentos de necessidade
Quando você precisar de um dinheiro extra, o fundo de emergência está disponível para suprir essa necessidade. Assim, você não precisa se endividar e/ou contratar um empréstimo para arcar com aquele gasto desnecessário.
Estabilidade financeira
Ter esse colchão de segurança assegura sua estabilidade financeira. Isso porque você sabe que tem de onde tirar dinheiro se algo acontecer. Dessa forma, pode planejar seu orçamento com mais tranquilidade.
Auxílio na realização de objetivos
Os especialistas indicam que, primeiro, você deve ter a sua reserva de emergência formada. Depois disso, pode pensar na conquista de objetivos, como a compra de uma casa ou um carro. Assim, é possível planejar o seu orçamento e até fazer um financiamento sem arriscar se prejudicar no futuro. Afinal, terá o dinheiro para imprevistos já separado.
Liberdade profissional
Quer mudar de carreira? Ter uma quantia para imprevistos ajuda nesse processo. Você consegue fazer a troca de profissão com tempo e cuidado, sem arriscar se endividar e de ficar com contas em aberto, tendo que pagar juros e multa.
Prevenção ao endividamento
O grande propósito de ter um dinheiro guardado é utilizá-lo quando necessário. Quando você utiliza o seu orçamento para as contas do dia a dia e deixa uma reserva para emergências, garante que não precisará de empréstimos para qualquer motivo.
Isso ajuda a fazer o chamado endividamento saudável. Esse é o caso de um financiamento imobiliário. Você contrata essa linha de crédito para formar um patrimônio e faz um bom planejamento financeiro para arcar com esse custo.
Rentabilidade
O dinheiro da reserva deve ser investido para aumentar e não perca seu poder de compra. Essa é uma forma de manter o valor em dia e conseguir arcar com os imprevistos, sem se prejudicar devido ao aumento da inflação.
Como formar uma reserva de emergência?
Para formar uma reserva de emergência, você deve seguir algumas etapas importantes. Veja quais são elas.
Organize suas contas
Comece deixando suas contas em dia. É importante que todas elas consigam ser pagas com a sua remuneração mensal. Por isso, verifique quanto você tem para pagar todos os meses e evite fazer gastos excessivos.
Entenda o quanto você ganha e gasta
Anote todos os seus ganhos e gastos em uma planilha ou aplicativo financeiro. É importante deixar claro todos os valores desembolsados, até mesmo os menores. Isso ajuda a entender onde você pode economizar e quais são as principais categorias de despesas.
Planeje suas finanças
A partir da análise feita na etapa anterior, faça um planejamento. Veja qual é a média de gastos mensal com contas básicas, como água, luz, moradia e transporte. Em seguida, defina limites para as outras categorias.
Para isso, você pode usar vários métodos. Um dos mais conhecidos é a Regra 50-30-20. Ela prevê a seguinte divisão de gastos:
- 50% para despesas fixas e essenciais. Por exemplo, alimentação, água, energia, moradia e transporte;
- 30% para supérfluos e despesas variáveis. Ou seja, servem para manter seu estilo de vida. É o caso da assinatura de streamings e TV a cabo, compras, lazer, academia e mais;
- 20% para o pagamento de dívidas e realização de investimentos. Portanto, esse é o percentual que deve ser destinado para a formação da reserva de emergência.
Talvez você queira saber o que faz se estiver com muitas dívidas. Nesse caso, tente dividir os 20% em duas partes. Uma delas segue para o pagamento a quitação dos valores e o restante para formar a reserva de emergência. Assim, você constrói o colchão para imprevistos e ainda continua com esses débitos em dia.
Corte custos desnecessários
No processo de definir metas para cada categoria de gastos, verifique a possibilidade de cortar custos. Essa é uma decisão muito pessoal, porque o que importa para uma pessoa é irrelevante para outra. Então, verifique o que faz mais sentido para você.
Por exemplo, costuma faltar muito à academia? Pense em trocar por atividades ao ar livre. Tem streaming e TV a cabo? Acabe com um deles. E por aí vai. A ideia não é ser radical, mas sim ter gastos mais conscientes.
Defina uma meta de valor para poupar todo mês
Em seguida, defina uma meta de valor para poupar todos os meses. Aqui, o objetivo é que “você se pague primeiro”. Isso significa o seguinte: assim que o seu salário chegar, já retire essa quantia e coloque na formação da sua reserva para emergências.
Assim, você já sabe que tem essa “despesa” — ou seja, é um investimento no qual você encara como um gasto. Isso evitará que esse dinheiro seja utilizado para outras finalidades. Portanto, nunca espere que esse valor sobre no final do mês.
Aplique seu dinheiro
Toda a quantia do fundo de emergência deve ser destinado para um investimento. Essa aplicação financeira deve ter alta liquidez e segurança. Ou seja, você precisa ter a opção de sacar o dinheiro a qualquer momento e ainda correr o mínimo possível de riscos.
Nesse sentido, a melhor opção é o Tesouro Selic. Esse é um título público com uma segurança parecida com a da poupança, mas traz uma rentabilidade maior. Ou seja, você ganha mais. Além disso, você pode sacar a quantia quando quiser sem ter perdas.
Tenha uma renda extra
Por fim, tenha uma renda extra. Se você está pensando que não tem tempo para isso, saiba que é possível conseguir uma remuneração a mais investindo poucos minutos ou horas por dia.
Como? A resposta está nas pesquisas remuneradas. Ao se cadastrar em uma plataforma especializada, você indicará seu perfil e receberá os formulários que têm a ver com a sua experiência. Dessa forma, você opina sobre produtos e serviços, e ainda ganha por isso.
Apenas tenha cuidado, já que algumas plataformas utilizam apenas a troca dos pontos acumulados por prêmios. No entanto, existem opções que permitem sacar valores em espécie. Assim, você pode guardar todo esse dinheiro para formar o seu colchão de segurança financeira.
Então, viu como pode ser fácil construir a sua reserva de emergência? Por mais que esse conceito seja pouco conhecido por você, agora você já entende o que precisa fazer para formá-lo e utilizá-lo da maneira certa. O resultado é mais tranquilidade e segurança para o seu futuro.
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