Organizar as finanças é uma dificuldade para você? Se a resposta for sim, não se preocupe, você não está sozinho. A educação financeira nunca foi o ponto forte dos brasileiros, sendo culturalmente deixada de lado.
Como consequência, os dados não são promissores. segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 79,3% da população brasileira estava endividada em setembro de 2022.
Outra pesquisa, agora realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), SPC Brasil e o Banco Central, revela que 36% dos brasileiros não realizam o controle do orçamento.
Se você faz parte do grupo de pessoas que não organizam as finanças, mas que desejam aprender a controlar a renda para pagar as contas em dia, continue a leitura!
O que é a educação financeira?
A educação financeira é nada mais do que o ato de entender as suas finanças e saber lidar com os gastos. Ou seja, é ter consciência de quais serão os seus ganhos no mês e quanto desse valor será destinado às despesas mensais fixas (e às não fixas).
Além disso, a educação financeira envolve planejamento. Está diretamente ligada ao ato de poupar determinado valor pensando no futuro, seja para comprar um novo imóvel, seja para eventuais emergências.
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é “o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, tornando-se capaz de fazer escolhas de forma bem informada”.
Em síntese, com uma educação financeira bem estruturada, você consegue analisar os riscos de forma efetiva, assim como repensar os benefícios de uma compra e como ela pode impactar seu orçamento.
Como consequência, você irá pensar duas vezes antes de adquirir qualquer item por impulso ou sem necessidade.
Por que a educação financeira é importante?
A importância da educação financeira se dá pelo fato de que, no modelo capitalista em que vivemos, o dinheiro é necessário para qualquer atividade exercida. Logo, compreender qual é sua receita mensal, bem como as despesas fixas, auxilia na(o):
- construção de patrimônio;
- qualidade de vida;
- menor propensão a emergências;
- realização de sonhos;
- consumo com maior qualidade;
- pagamento das contas em dia;
- consciência do uso do dinheiro;
- hábito de poupar todo mês.
Em outras palavras, saber controlar gastos, reduzir as despesas, economizar e investir são ações que compõem um conjunto de atitudes responsáveis por garantir o bem-estar e que só a educação financeira consegue proporcionar.
Como colocar a educação financeira em prática?
Agora que você já sabe a importância da educação financeira, chegou o momento de colocá-la em prática.
Para isso, o primeiro passo é entender o seu momento atual. Se você está começando a vida profissional agora, certamente terá outras metas em relação àqueles que necessitam sustentar uma família. Sabendo disso, confira as dicas a seguir!
Conheça os seus gastos
A primeira e talvez mais importante dica é: conheça os seus gastos. Muitas pessoas não sabem o que recebem e quanto gastam no final do mês. Dessa forma, fica complicado mensurar o quanto devem economizar para não finalizarem o mês zerados.
Para isso, pegue o seu salário ou contracheque e calcule exatamente o quanto você ganha, tirando os descontos de impostos, plano de saúde etc. Em seguida, liste suas despesas mensais fixas, como luz, água, condomínio ou aluguel.
Por fim, avalie também os custos variáveis, como academia, serviços de streaming, como Netflix, ou delivery. Se você perceber que eles estão comprometendo a sua renda no final do mês e prejudicando os seus planos futuros, considere cortá-los.
Informe-se sobre o assunto
O primeiro passo para ter uma educação financeira é pesquisar e aprender sobre o tema. Existem diversos canais no YouTube que ensinam sobre como entender e organizar suas finanças de forma efetiva e gratuita. Confira alguns exemplos:
Canais como esses são o pontapé inicial para você começar a aprender sobre finanças e entender como se organizar. Mas de nada adianta só assistir videos, certo? É preciso ter um aprendizado ativo.
Tenha objetivos de curto, médio e longo prazo
Objetivos são importantes para nos manter focados e dentro das rédeas. Mas é importante separar entre os de curto, médio e longo prazo, para você controlar melhor as despesas e não se apertar no final do mês. Para entender melhor, confira os exemplos a seguir:
- objetivo de curto prazo: pode ser aquela viagem de férias com a família ou amigos que você sonha há tempos. O prazo pode ser de de 6 meses a 1 ano;
- objetivo de médio prazo: comprar aquele carro tão desejado à vista. O prazo médio para essa meta é de 2 a 5 anos;
- objetivo de longo prazo: aqui pode ser comprar a casa própria, casar, abrir o próprio negócio. São aqueles não tão urgentes, que requerem um planejamento mais estruturado. O prazo está entre 6 e 10 anos.
Gaste menos do que ganha
Pode parecer óbvio, mas acredite: muitas pessoas gastam mais do que ganham. Principalmente quando envolve cartão de crédito, já que ele proporciona a falsa sensação de complemento da renda.
Dessa forma, o descontrole financeiro pode ser um gatilho para os problemas domésticos, como brigas por causa de dinheiro e necessidade de trabalhar além do expediente normal, sobrando menos tempo para a família e atividades de lazer.
Para gastar menos do que ganha, siga os passos abaixo:
- priorize seus gastos fixos;
- compre à vista;
- evite compras desnecessárias;
- pesquise antes de comprar para economizar ao máximo;
- fuja da tentação;
- evite usar o cartão de crédito;
- evite comer fora e pedir comida com frequência;
- consiga um dinheiro extra no mês.
Organize-se para pagar as dívidas
Você tem dívidas? Se sim, saiba que não é o único. Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), mais de 63 milhões de brasileiros estão com as contas em atraso.
Contas em atraso significam juros acumulados, o que dificulta ainda mais a quitação desse débito. Por isso, organize-se para pagá-la o quanto antes. Se você tiver mais de uma, priorize aquelas que têm juros mais altos.
Uma boa forma de começar a pagar as dívidas é cortando gastos e renegociando o que puder com a instituição financeira ou demais lugares que você deve.
Além disso, estabeleça um prazo para extinguir o débito e tenha em mente que não poderá contratar nenhum compromisso até a data final.
Corra das dívidas caras
Os empréstimos podem ser atrativos à primeira vista e, de fato, conseguem auxiliar em algumas emergências. Nesse caso, analise a melhor opção e fuja de cheques especiais ou empréstimos em cartão de crédito.
Eles cobram juros compostos, ou seja, as tarifas são aplicadas ao montante de determinado período.
Aumente sua renda
Quando você está endividado ou deseja poupar, uma boa maneira é aumentando sua renda mensal. Com a internet, existem diversas oportunidades para conseguir um dinheiro extra.
Um exemplo são as plataformas de pesquisas remuneradas, como o Falaí. Nele, quanto mais pesquisas você responder, mais dinheiro você acumula e pode resgatar de forma ágil e transparente.
Agora que você sabe todos os passos para ter uma educação financeira, lembre-se de colocar todas as dicas acima em prática para melhorar o seu bem-estar e conseguir atingir os planos do presente e futuro.
Continue acompanhando o nosso blog e fique por dentro de todas as novidades para otimizar as suas finanças e conseguir uma renda extra!